Pular para o conteúdo

SUBSTITUIR REFEIÇÃO POR SHAKE: UM CAMINHO PERIGOSO E INEFICAZ PARA SE EMAGRECER

 

BLOG-SUBSTIUIR-REFEICAO

 

Qual o melhor suplemento para substituir uma refeição? A resposta é direta: nenhum.

 

Pode parecer prático trocar o prato por um copo, mas a verdade é que nenhum shake, por mais tecnológico e avançado que seja, dá conta de fazer o papel de uma refeição de verdade. Para manter a saúde, é preciso alimentação e cuidado.

 

A MODA QUE VOLTOU COM TUDO (E COM RISCOS)

 

Essa onda de substituir refeição por shake ficou famosa nos anos 2000. E adivinha? Voltou com cara nova e promessa de resultado rápido. Só que por mais que a tecnologia dos suplementos tenha avançado, a verdade é que: shake ainda não é refeição.

 

  1. O PERIGO VELADO POR TRÁS DOS "SUBSTITUTOS DE REFEIÇÃO"

 

Você é uma pessoa saudável, sem problemas de saúde e que faz exercícios frequentemente? Então não faz tão mal substituir uma refeição aqui e ali, se estiver tudo planejado e se um especialista liberar. E olhe lá!

O problema é que a grande maioria das pessoas não faz acompanhamento com um especialista e não tem a alimentação tão planejada assim. Na correria, as substituições ficam muito frequentes, e isso cria um ciclo perigoso: perde-se massa magra (músculos), energia, nutrientes e, de quebra, cria um relacionamento nada saudável com a comida.

Com o tempo, isso pode levar a distúrbios alimentares, fraqueza, efeito sanfona – e ironicamente, até a uma piora na absorção das vitaminas e minerais no corpo.

 

  1. SUPLEMENTO NÃO É REFEIÇÃO!

AdobeStock_1529510167

Por mais completo que um suplemento pareça ser, ele não entrega a diversidade de nutrientes que uma boa refeição natural oferece. Vamos a um exemplo?

 

Pensa num prato clássico do brasileiro: arroz, feijão, frango grelhado, alface, tomate, cenoura, azeite, limão. Parece simples, mas esse prato carrega uma combinação poderosa: proteínas, carboidratos de boa qualidade, fibras, ferro, zinco, vitaminas, antioxidantes... esse conjuntão poderoso e variado de nutrientes, em porções equilibradas, alimenta e ajuda o corpo a funcionar bem.

 

  1. SEM GORDURA E SEM CARBOIDRATO. MAS ISSO NÃO É SEMPRE BOM.

 

Tem gente que acha que a vantagem dessas “substituições” é porque a grande maioria não tem gorduras ou carboidratos. Mas a real é que o corpo precisa dessas duas coisas para funcionar direito. O segredo está na qualidade e na quantidade.

Aquele fio de azeite na salada é super bem-vindo, o arroz do seu prato é fonte de energia. O que precisa ser evitado é o excesso de óleos refinados (óleo de soja, óleo de canola, óleo de girassol), as frituras, as gorduras saturadas (bacon, banha de porco, carnes gordas) os produtos ultraprocessados e aquele pacote de bolacha que some em 2 minutos. Ah, e claro: corra da dieta do momento.

 

  1. É INEFICAZ A LONGO PRAZO

 

Além de fazer mal, substituir refeições não vai manter o peso na balança. Um estudo já revelou que 7 a cada 10 pessoas que substitui refeições reganha todo o peso depois – em alguns casos, ganham até mais peso.

Ou seja: o risco não vale a pena, as refeições ainda são melhores.

 

RESUMO DA HISTÓRIA?

 

Deixe os shakes e os suplementos ajudarem a te atingir seus objetivos, eles são muito bons para isso – mas comer bem e viver um estilo de vida saudável é insubstituível.

 

Se você quer emagrecer com saúde e manter os resultados, o melhor caminho é aquele que respeita seu corpo, sua fome e sua rotina. E para isso, o ideal é sempre contar com orientação de um profissional.

 

Referências

Harvard T.H. Chan School of Public Health. The Nutrition Source: Healthy Eating Plate & Pyramid.

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

 

Mayo Clinic. Meal replacement shakes: Do they help with weight loss?

 

ANDRADE, L. C. et al. Substituição de refeições por suplementos alimentares: riscos e benefícios. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo, v. 9, n. 53, p. 271-278, 2015.

 

Astrup, A.; Rössner, S. Lessons from obesity management programmes: greater initial weight loss improves long-term maintenance. International Journal of Obesity, v. 24, supl. 4, p. S7–S10, 2000.

 

McKeown, A., Bjourndal, H., McKinley, M. C., Woodside, J. V., & Hunter, S. J. Long-Term Changes in Weight in Patients With Severe and Complicated Obesity After Completion of a Milk-Based Meal Replacement Programme. Frontiers in Nutrition, v. 7, p. 551068, 2020.

World Health Organization. Healthy diet.